de madrugada. Sofreu muito, na sua última noite. Tinha convulsões. Ficava com os músculos das pernas em hipertonia e hiperventilava e gritava. Ia para ao pé dele, falava-lhe calmamente, colocava-lhe a mão aberta na cabeça e/ou pescoço, fazia-lhe festas suaves e acalmava. Como isto se tronou frequente, dei-lhe um quarto de valeriana 500 mg. Melhorou. Relaxou e as crises eram mais espaçadas e menos intensas. Mas estava a ficar cansada porque mal entrava no sono, acordava. Ao fim de cerca de 2 horas dei-lhe mais 1/4. Finalmente adormeci profundamente. Quando acordei espontaneamente dei-me conta que já não respirava. Levei-o ao veterinário para cremação. Tinha 17 anos, o equivalente a mais de 94 anos. Tinha lá estado com ele no dia anterior, tendo recusado eutanasiá-lo que é como quem diz matá-lo. Sou contra a eutanásia. Ainda se confunde muito a diferença entre eutanásia e encarniçamento terapêutico. Aliviar a dor, mesmo que isso signifique acelerar o fim, não é eutanásia. Ouvi na TV há uns tempos, que já estava tudo explicado. Não é de longe nem de perto verdade. Quem diz isto, ainda não entendeu nada sobre o ser humano, principalmente quando há heranças em jogo. Também há algum egoísmo e chantagem emocional nisto. Dar à pessoa a possibilidade de carregar no botão que lhe dará a injecção fatal, dando-lhe o tempo necessário para se decidir sem pressões, tempo para reflectir, é ajudar.
Que esteja bem onde quer que seja.
Feliz 2021, 👵😃💙🙏
Boa-Noite.
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