Está a decorrer o Mercado Medieval de Salir. Parte do mercado situa-se no início da minha rua. Tenho direito à pulseira sem pagar, mas a porta que se encontra na minha rua é a "Porta de emergência" por onde não pode entrar nem sair ninguém. A porta de emergência costuma ser o local que deve estar sempre livre de modo a que se houver fogo esteja sempre desimpedida para as pessoas poderem fugir. Numa área fechada entende-se. Aqui, há muitos locais de fácil acesso por onde as pessoas poderiam sair mais facilmente, isto é, as portas de entrada. Esta porta fica a cerca de 5 metros da minha porta. No ano passado entrei sem problema e nos primeiros anos também. Este mercado era muito bonito, mas este ano tem mais espaços vazios e a música que estou a ouvir parece-me pouco medieval. Está pior. Piora todos os anos. Quando tentei sair e fui impedida voltei para trás e virei à esquerda onde existe um muro baixo por onde seria fácil, mas não nas minhas condições físicas actuais, passar para a rua. Não tinha intenção de passar, fui só por curiosidade ver se estava tapado. Espantei-me porque aquele recinto costuma estar mais ocupado durante este mercado. Aproximei-me do muro e de repente aparece-me do outro lado um homem jovem alto e moreno com um cão grande como que a barrar-me a passagem. É verdade que este é um ponto ilegal de saída porque obriga a passar pelo jardim de uma propriedade privada. Um homem com um cão, a proteger o quê? Ninguém passa por ali e mesmo que passasse, tanta segurança por causa de uns bilhetes? Acabei por sair, porque uma amiga também queria sair. Isto transtorna a vida dos residentes, a alguns mais do que a mim. Não ganham mais por isso. Perdem. Este ano arranjaram mais outra regra; quem não andar na feira com a pulseira paga multa. Agora estão com uma espécie de tambor já há bastante tempo. Isto não é medieval. Se em Tancos tivesse havido tanto cuidado com a segurança, não tinham roubado as armas. http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/11-07-2017/tancos-material-roubado-vale-34-mil-euros https://www.pinterest.pt/lena1948/salir-do-tempo/ Este ano não tirei fotografias. Entrei na feira para ir lanchar a casa de amigas que vivem dentro da feira, antes de abrir. Se não usar aquela porta é preciso dar uma volta imensa. Prefiro não pôr lá os pés. Tenho estado a ouvir ópera e os ABBA. São estes os links:
Quem canta é Barbara Bonney, uma senhora detentora de um dom sublime, a sua lindíssima voz, mas a fotografia é da Callas, a quem chamavam a divina.
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